Arquivo de Novembro, 2008

BB deve fechar 30 agências, entre próprias e da Nossa Caixa

Posted in ECONOMIA on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

Segundo vice-presidente, Instituição espera que compra do banco estadual seja aprovada até março de 2009

Chiara Quintão, da Agência Estado


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SÃO PAULO – O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira, 20, em coletiva para detalhar a operação de aquisição da Nossa Caixa, que terá que fechar cerca de 30 agências, entre próprias e do banco estadual. Segundo o vice-presidente do BB, Aldo Mendes, essas agências precisarão ser fechadas em locais que, por razões econômicas, não caberiam duas – uma do BB e outra da Nossa Caixa. “A sobreposição é muito menor do que pensávamos no início”, afirmou.

O executivo informou que o BB, que era o terceiro em número de agências localizadas no Estado de São Paulo, com 772, passa agora a ocupar a primeira posição, com 1.324 agências. Itaú Unibanco possui 1.240, Santander Real tem 1.204 e Bradesco, 1.168. Segundo Mendes, o número de agências da Nossa Caixa foi um dos principais indicadores estratégicos da aquisição.

Mendes destacou que enquanto o crescimento dos bancos privados ocorreu de São Paulo para o Brasil, no BB o movimento acontece no sentido inverso. Ele citou ainda as compras do Banco de Santa Catarina (Besc), do Banco do Piauí e lembrou que já foram anunciados estudos para aquisição do Banco de Brasília.

Ao falar da consolidação do sistema financeiro nacional, Mendes citou que em 1995 cerca de 55% dos ativos bancários eram detidos pelos dez maiores bancos, e em junho de 2008 esse porcentual era de 75%. Segundo ele, há um movimento de consolidação das instituições em busca de escala e eficiência.

Aprovação

O BB espera que a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprove, por meio de lei, a compra da Nossa Caixa até o final do ano, segundo o vice-presidente do BB, Aldo Mendes. “Ao mesmo tempo vamos assinar os documentos finais do contrato de compra e venda”, disse. Por enquanto as instituições assinaram apenas o memorando de entendimento vinculante.

Até março de 2009, além da Assembléia, o Banco Central, também deverá aprovar a operação. A expectativa é de que em março do ano que vem a Nossa Caixa se torne uma subsidiária integral do BB e que depois de 12 meses a instituição deverá ser totalmente integrada. “No início teremos uma cadeira no conselho de administração e no conselho de gestão”, contou Mendes.

Após a liquidação financeira, estimada para março, será publicado o edital da oferta pública de aquisição. A OPA deverá ocorrer 30 dias depois da publicação do edital. O executivo do BB lembrou que os minoritários receberão o mesmo preço pago ao governo de São Paulo pelo controle da Nossa Caixa.

Fundos de investimento

Segundo Mendes, o Banco do Brasil deverá retomar a liderança de administração de fundos de investimento. Com a Nossa Caixa, os recursos de terceiros administrados pelo BB passam de R$ 244,2 bilhões para R$ 271,5 bilhões, com crescimento de 11%. Os ativos totais dos dois bancos somados chegam a R$ 512,4 bilhões. A carteira de crédito aumenta 6%, para R$ 213,7 bilhões, enquanto os depósitos totais crescem 15%, para R$ 264 bilhões.

O executivo destacou que a Nossa Caixa é um banco “extremamente líquido”, com a relação crédito sobre depósito de menor custo de 38%. No BB, essa relação é de 157%. Juntos, os dois bancos terão uma relação crédito sobre esse tipo de depósito de 135%. Na prática isso significa que o Banco terá condições de captar com taxas ainda menores em relação aos concorrentes. “Isso dá condições de assegurar depósitos mais competitivos.”

Cientistas testam pílula de prevenção à Aids

Posted in SIDA on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

19/11/2008 – 20h37

Da BBC Brasil

Cientistas de diferentes partes do mundo estão testando uma terapia preventiva para diminuir o risco de contaminação pelo vírus HIV, causador da Aids, mesmo quando os pacientes têm relações sexuais sem o uso de preservativos, diz um artigo publicado pela revista “New Scientist” desta semana.

Segundo a revista, o tratamento preventivo, chamado profilaxia pré-exposição (ou PrEP, na sigla em inglês), prevê que os pacientes tomem apenas uma pílula.

O tratamento ainda não teve sua eficácia comprovada por testes clínicos e é receitado por poucos médicos para um número muito pequeno de pessoas.

A “New Scientist” afirma que “é provável que o medicamento tenha um efeito modesto – talvez reduzindo o risco (de contaminação) para cerca de dois terços”.

De acordo com o artigo, os remédios usados na terapia preventiva são o Tenofovir e o Truvada – que contém o mesmo princípio ativo da primeira droga, o tenofovir, e também um outro medicamento chamado emtricitabina.

Esses medicamentos já são usados como tratamento para o HIV, em um tipo de terapia anti-retroviral. Conforme a New Scientist, isso faz com que já exista muita informação a respeito da segurança no uso desses remédios.

A revista diz que esses medicamentos podem estar prontos para o uso em prevenção bem antes do que qualquer vacina contra a Aids.

A terapia preventiva está passando por vários testes, e os primeiros resultados devem ser divulgados já em 2009, diz a “New Scientist”.

Segundo o artigo, pesquisas com animais sugerem que as duas drogas bloqueiam a infecção pelo HIV, sendo que o Truvada seria um pouco mais eficaz.

O grau de proteção oferecido pelos dois medicamentos depende de alguns fatores, como a dose administrada, mas em alguns casos, diz a revista, o Truvada bloqueou completamente a transmissão da doença.

África

Remédios antivirais funcionam ao suprimir a replicação do vírus e, com isso, paralisar a progressão da contaminação pelo HIV.

Conforme o artigo, a esperança é que, quando usados de maneira preventiva, os medicamentos consigam inibir tão bem a reprodução do vírus que o sistema imunológico possa eliminar o HIV e evitar que a infecção se instale.

A revista afirma que vários testes da terapia PrEP estão ocorrendo, envolvendo um total de 19 mil pessoas em risco – incluindo usuários de drogas injetáveis, homossexuais e mulheres sexualmente ativas em áreas de alta incidência de HIV – em várias partes do mundo.

O primeiro resultado sobre o uso do Tenofovir deve ser divulgado em 2009, e as informações sobre o uso do Truvada como terapia preventiva, em 2010, diz a “New Scientist”.

Resultados de testes realizados em animais sugerem que os usuários desta terapia não precisarão nem mesmo tomar um comprimido por dia. Um comprimido duas vezes por semana ou nos períodos em que a pessoa mantiver relações sexuais sem proteção poderia funcionar.

“Isto reduz o preço e a toxicidade dos medicamentos”, afirmou Mike Youle, diretor do centro de pesquisa em HIV do Royal Free Hospital de Londres, que foi uma das pessoas a fazer o lobby para a realização dos testes da PrEP. “A maioria das pessoas não tem relações sexuais todos os dias.”

Críticas

A revista afirma, porém, que a terapia PrEP também atraiu críticas. A principal preocupação de especialistas é que a PrEP leve as pessoas a um falso senso de segurança, encorajando o sexo sem a proteção de preservativos e, paradoxalmente, espalhando ainda mais o vírus.

Marcus Connant, médico americano que luta pelos direitos dos homossexuais e que já receita as drogas para alguns de seus pacientes, admite que alguns deles provavelmente têm mais relações sexuais sem proteção como resultado da terapia.

“Tenho quase certeza de que alguns têm um comportamento de alto risco por terem acesso aos medicamentos. Mas isto não ocorre com todos os pacientes”, afirmou.

Outro problema que poderia ocorrer é a resistência que o HIV pode desenvolver ao medicamento.

Muitos temem que alguns usuários da PrEP não saibam que são portadores do HIV. Como a terapia envolve apenas um ou dois medicamentos, o vírus poderia desenvolver resistência a eles.

A resistência é mais incomum para o Tenofovir e o Truvada do que para muitos dos outros medicamentos anti-retrovirais, mas ocorre. Uma solução seria insistir que as pessoas que se submetam à PrEP façam exames de HIV.

Empresa japonesa lança sutiã masculino

Posted in CURIOSIDADES on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

Produto comprometedor promete despertar sentimento “delicado”


18.11.2008 -UOL

O sutiã para homens vem em três cores

“Homens também querem entender os sentimentos das mulheres. E os motivos para isso podem ser os mais variados possíveis”.

É o que diz o anúncio de um inusitado produto que chegou ao mercado japonês: o sutiã para homens.

O suporte aparentemente não tem finalidade nenhuma, a não ser, fazer com que o usuário se sinta “relaxado”.

A empresa que desenvolveu o “sutiã masculino”, a WishRoom, não cita nenhuma vantagem estética ou melhorias na saúde e postura. Apenas enfatizam que o produto desperta um sentimento “delicado”.

Em tamanhos diferentes (de 85 a 100 cm), o acessório vem em três cores: rosa, preto e branco, e pode ser adquirido por 2.800 ienes, cerca de 60 reais.

Masculinidade à parte, o produto tem sido freqüentemente relacionado nos sites especializados em esquisitices ao seriado animado “Golden Eggs”, espécie de “South Park” japonês. No desenho, um dos personagens (um fisiculturista) utiliza um suporte-para-músculos-peitorais e, por isso, é alvo de piadinhas de seus colegas.

COLABORE COM LULA: FAÇA DÍVIDAS

Posted in Reinaldo Azevedo on 20 de Novembro de 2008 by os.maias


Seja um patriota! Faça dívidas!

Todo mundo tem de colaborar, né? Se a gente não sair por aí comprando, endividando-se, aproveitando os juros camaradas que nos são oferecidos, vai acontecer o quê? Segundo Lula, vem o desemprego.

O credito consignado — ah, sim, reconheço a sua importância para a economia —, se bem pensado, já é um expediente só permitido porque muitos dos nossos “juristas” têm sono — quando não têm preguiça. E a razão é simples, vinda do mais límpido pensamento liberal: se o cara quer vender sem risco, que vá tomar suco de laranja. Mas aí os pragmáticos pensaram: “Gente, com menos risco, cai a taxa de juros, mais gente tem acesso a crédito, a economia anda”. É, eu sei. Nem tudo o que é bom para a economia é bom para as liberdades. Qualquer sistema que elimine o risco de vender e a recompensa ou punição para quem cumprir/não cumprir o contrato na forma da dívida contraída é uma porcaria. Parece mais cartório do que capitalismo. Adiante.

Depois do crédito consignado, poderiam inventar o crédito obrigatório, não é mesmo? Um brasileiro que não está endividado, que está guardando dinheiro no banco, fazendo poupança, não passa de um rematado canalha, de um insensível, de um conspirador. Um homem sem dívida é um sabotador do governo Lula.

PARA LULA, SE DESEMPREGO CRESCER, A CULPA É NOSSA

Posted in Reinaldo Azevedo on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

Vi Lulovsky Apedeutakoba ontem na TV. Muito ponderado, ele sugeriu que o sujeito que já está endividado não se meta em mais dívidas. Já aos não-endividados, ele recomendou que não temam o crediário e partam para os compras. Não parou por aí.

Exercitando o que aprendeu na aula de Massinha I do pré-primário de como funciona o mercado interno, afirmou que, se ninguém comprar, o país produz menos, e, se o país produz menos, o desemprego aumenta.

É uma lógica realmente interessante. FHC era culpado não apenas pelas crises externas — já Lula cobra de George W. Bush a solução — como pelo desemprego. Alguém soprou ao Apedeuta uma nova verdade: caso alguém seja demitido, a culpa será dos brasileiros que não foram às compras

TV Cultura terá storage de 20 petabytes

Posted in TECNOLOGIA on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

SÃO PAULO – A TV Cultura vai arquivar toda sua produção digital em discos magnéticos. Emissora substituirá acervo em fitas por mídia digital.

A emissora pública Cultura fechou contrato com a Hitachi para gravar em mídia digital todo conteúdo que a rede produz.

Ao invés de arquivar fitas produzidas nas ilhas de edição em caixas metálicas, o conteúdo será enviado para um data center.

De acordo com Airton Pinto, diretor de canais da Hitachi, a solução vendida à Cultura inclui projeto de storage e software para gerenciar imagens.

“Uma das principais vantagens de armazenamento digital é que os editores podem buscar remotamente vídeos gravados no data center”, diz Airton.

Ao invés de caminhar da ilha de edição até o local físico do arquivo, achar a fita, levá-la para edição e, no fim de tudo, enviar a fita para o arquivo, com o storage digital você só precisa enviar um comando pelo PC”, afirma o diretor da Hitachi.

Toda vez que um arquivo é enviado para o storage, o sistema registra nome do programa, data de gravação e tipo de conteúdo. Estas informações são usadas como tags para identificar o produto no sistema de buscas do storage. Eventualmente, é possível adicionar tags manualmente.

O custo do armazenamento em disco magnético é maior que o de gravações em fitas quando se compara o preço de cada minuto armazenado.

Segundo Arthur, no entanto, o armazenamento digital torna-se mais vantajoso por aumentar a produtividade da empresa, ao agilizar buscas e pela demanda menor de custos de manutenção do arquivo.

Por questões de custo, a TV Cultura comprou dois servidores e uma capacidade limitada de armazenamento. Na medida em que precisar de mais discos, contratará mais capacidade de storage. Segundo a Hitachi, o projeto de digitalizar todo acerto da emissora vai gerar um banco de dados de 20 petabytes. Cada petabyte corresponde a 1024 terabytes. Um terabyte corresponde a 1024 gigabytes.

Novo mercado

A estréia da TV digital no Brasil abriu um novo mercado para as empresas que exploram storage. Tradicionalmente, empresas do setor financeiro e médico são grandes consumidores de armazenamento.

Agora, redes de TVs também terão grande volume de dados para armazenar. Não só em função da digitalização de acerto, mas sobretudo pelos novos programas que são gravados em mídia digital.

Rede 100 Gigabit Ethernet será testada

Posted in TECNOLOGIA on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

SÃO PAULO – Um consórcio de redes e fabricantes anunciou ontem que iniciará testes da tecnologia 100 GbE (Gigabit Ethernet), cuja largura de banda máxima é de 100 gigabits por segundo.

Essa velocidade de transmissão de dados equivale a transmitir um HD de 120 GB completamente ocupado em menos de um segundo. Atualmente o padrão de redes locais corporativas oscila do mínimo de 100 Mbps a 10 Gbps.

Os testes serão conduzidos pelas redes de alta velocidade Internet2 (acadêmica), ESnet (científica) e Level3 (comercial), e os fabricantes de equipamentos de internetworking Juniper Networks e Infinera. Segundo o comunicado distribuído pelo consórcio, o ritmo de desenvolvimento e entrega ao mercado da 100 GbE será “agressivo”.

Redes com tal largura de banda teriam uso imediata em aplicações acadêmicas e científicas, nas quais acontece a transmissão de arquivos muito pesados, ou transmissão simultânea de várias conferências ricas em multimídia (áudio e vídeo de alta definição, mais transmissão de arquivos), por exemplo, em telemedicina.

Os roteadores core T1600 da Juniper e as interfaces100 GbE para as redes ópticas da Internet2 e da ESnet serão instalados para criar um campo de testes e verificar o funcionamento da tecnologia em situação real.

São Paulo, cidade conservadora?

Posted in OPINIÃO on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

Leôncio Martins Rodrigues


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Confirmada a derrota de Marta Suplicy para a Prefeitura da capital paulista, alguns intelectuais petistas atribuíram a vitória de Gilberto Kassab (de “direita”) a suposto conservadorismo e preconceitos do eleitorado paulistano. Na interpretação petista, esses setores conservadores e preconceituosos estariam localizados basicamente nas classes médias e altas, porque, como se sabe, as classes populares não têm preconceitos nem são conservadoras. Em outras palavras: transferiu-se a responsabilidade pela derrota a um segmento do eleitorado que não teria nenhum motivo válido para rejeitar a candidata do PT. Está implícito que os paulistanos não saberiam votar. Na visão petista, a cidade mais cosmopolita, moderna e dinâmica do País seria fundamentalmente conservadora e preconceituosa.

Entendem-se a frustração e o ressentimento dos que são derrotados, mas a interpretação petista parece-nos dificilmente sustentável e não ajudará o PT em futuras disputas. Façamos em breve retrospecto dos resultados anteriores nas disputas pelo controle do Poder Executivo paulistano. Tanto em termos das fontes sociais de recrutamento para a classe política como do ponto de vista dos partidos e coligações vencedoras, as elites paulistas quatrocentonas foram perdendo espaço no sistema de poder para elites vindas das classes empresariais de imigração recente e das classes médias e trabalhadoras. Em outros termos: o sistema político paulistano vem-se tornando mais democrático e mais plural. As disputas tornaram-se mais competitivas, mais “técnicas”, mais “profissionais” e dominadas pelo marketing político. Fortuna pessoal, origem familiar, cor da pele, status social e outros signos dignificantes, em São Paulo, não são mais garantia de êxito para nenhum político.

Não há nada de extraordinário nessa evolução do sistema político paulistano. De modo geral, a distribuição do poder na cidade de São Paulo seguiu a rota habitual da circulação das elites analisada por muitos sociólogos e cientistas políticos. Repete-se aqui o movimento observado em outras democracias. À medida que nos encaminhamos em direção a uma sociedade de massas e a um sistema eleitoral de participação total, o poder tende a passar do círculo restrito das famílias patrícias para os empresários self-made men, os homens de negócios. Numa terceira etapa, o sistema político abre-se para os ex-plebeus vindos das classes médias ou das classes trabalhadoras – uso aqui os termos de Robert Dahl usados em sua pesquisa sobre a circulação do poder na cidade de New Haven, EUA, (Who Governs? Democracy and Power in an American City), Yale University, 1961.

Em São Paulo, com exceção do caso de Antônio da Silva Prado – indicado prefeito pela Câmara Municipal e que governou de 1899 a 1911 -, houve cinco prefeitos eleitos por voto “popular”, todos vindo de famílias da chamada oligarquia paulista. A Revolução de 30 pôs fim à prática de eleições para o governo da cidade. De 1930 até 1953 os prefeitos foram nomeados pelos interventores e, depois, pelos governadores. Mas continuaram a vir das famílias paulistas tradicionais.

Em 1953 o Congresso restabeleceu o sistema de eleição popular para a Prefeitura. Jânio Quadros, do PDC, venceu a eleição com o apoio de um pequeno partido, o PSB. A vitória de Jânio, político vindo das classes médias, que nem paulista era, representou a primeira brecha no poder oligárquico e inaugurou, em São Paulo, o estilo populista de fazer política, com muita demagogia orientada para capturar principalmente eleitores de baixa renda.

Depois de 1953, o voto popular vigorou até 1969, quando, sob o regime militar, os prefeitos voltaram a ser escolhidos formalmente pelo governador. Paulo Salim Maluf foi o primeiro prefeito nomeado (1969) e Mário Covas, o último (1983). O enfraquecimento do poder oligárquico paulista prosseguiu sob o regime militar. A presença de prefeitos de famílias paulistas tradicionais diminuiu, enquanto ascendiam os de origem sírio-libanesa e italiana. Mas todos vinham das classes ricas. De 1955 a 1986, revezaram-se no poder municipal patrícios e empresários, para seguir com os termos do cientista político norte-americano. Citemos alguns nomes, sem preocupação de ordem cronológica: Figueiredo Ferraz, Olavo Setúbal, Reynaldo de Barros, por um lado; Paulo Salim Maluf, Miguel Colasuonno, Salim Curiati, por outro.

Localizando sociológica e ideologicamente (e de modo extremamente esquemático) os que foram vencedores, o resultado é uma lista política e socialmente heterogênea: um professor de colégio, mato-grossense de nascimento, de classe média e difícil definição ideológica e partidária (Jânio da Silva Quadros); uma candidata de “esquerda”, de classe média pobre, solteira, nascida em Uiraúna, na Paraíba (Luiza Erundina de Souza); um rico empresário paulistano de “direita”, de origem árabe (Paulo Salim Maluf); um candidato negro de classe média alta, também de “direita” (Celso Roberto Pitta do Nascimento); uma candidata de “esquerda”, de classe alta tradicional (Marta Teresa Smith de Vasconcelos Suplicy); um candidato de “centro”, de classe média baixa, de origem italiana (José Chirico Serra); e por fim um candidato de “direita”, de classe média alta, de origem árabe (Gilberto Kassab).

O exame da relação dos políticos eleitos depois do retorno da eleição popular para prefeito não revela a predominância, na capital paulista, de um eleitorado preconceituoso e conservador, mas sim de um eleitorado politicamente volátil, que tem passado por cima das classificações ideológicas usuais e de preconceitos vinculados às características pessoais dos políticos, como etnia, gênero, renda, origem familiar, local de nascimento, etc. Esse eleitorado, que tem variado em suas escolhas, pode ser tudo, menos conservador ou preconceituoso, a não ser que esses termos fiquem reservados para classificar os que não votam nos candidatos petistas.

Leôncio Martins Rodrigues é professor aposentado dos Departamentos de Ciências Políticas da USP e da Unicamp

Mapa da pirataria

Posted in CRIME, INFOGRAFICO, MAPAS on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

Veja o mapa de todos ataques reportados à Câmara Internacional do Comércio em 2008 e ouça entrevista com Roberto Godoy, de O Estado de S.Paulo, concedida a Teresa Ribeiro, do portal Estadao.com.br

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El Nikkei cae más de un 4% tras una jornada en rojo a ambos lados del Atlántico

Posted in ECONOMIA, JAPÃO on 20 de Novembro de 2008 by os.maias

El Dow Jones marca su mínimo en cinco años al caer más de un 5%. – El Ibex retrocede un 3,74%. – El sector bancario fue el más afectado

ELPAÍS.com – Madrid – 20/11/2008

Los mercados asiáticos continúan la senda que han mantenido este miércoles Wall Street y las Bolsas europeas. El índice Nikkei de la Bolsa de Tokio se desploma a media sesión por encima del 4% y se sitúa en los 7.890,56 puntos, sobrepasando la barrera de los 8.000 puntos por primera vez desde el pasado 28 de octubre.

Después de una apertura en la que se anotó un retroceso del 1,49%, el índice japonés se contagia de las pérdidas del miércoles a ambos lados del Atlántico, deprimido por el nuevo desplome de Wall Street, la depreciación del dólar y del euro frente al yen y por los malos datos del déficit comercial en Japón en el mes de octubre.

Japón registró el pasado mes un déficit comercial de 63.900 millones de yenes (unos 510 millones de euros). Sus exportaciones sufrieron su peor caída en siete años como consecuencia del retroceso de la demanda en EE UU, Europa y Asia.

El resto de mercados del continente se sitúan, igualmente, en negativo. Hong Kong se hunde un 5,49%, mientras que Shanghai cede un 2,35%, Sydney lo hace un 3,01%, Singapur un 3,07% y Seúl un 4,30%.

Nuevo desplome en Wall Street

Wall Street ha marcado su mínimo en cinco años y medio al caer el Dow Jones más del 5% y cerrar por debajo de los 8.000 puntos, en una jornada en la que el índice de industriales de la Bolsa neoyorquina se ha visto lastrada por las incertidumbres sobre el futuro de la industria automovilística y las malas perspectivas económicas.

Según los datos disponibles al cierre, el índice Dow Jones bajó 427,07 puntos (-5,07%) y se situó en 7.997,68 unidades, después de que el martes subiera un 1,83%. Además, los 30 valores que conforman el índice sufrieron pérdidas. Wall Street se sumió en el rojo debido al fuerte descenso de las firmas financieras, que, en su conjunto, bajaron un 11,19%.

Las acciones del grupo bancario Citigroup fueron las que más cayeron en el Dow Jones (22,85%), aunque también bajaron con fuerza en ese índice los títulos de Bank of America (14,02%) y JPMorgan Chase (11,42%).

Mal día en Europa

Mal día también para las bolsas europeas y para el sector bancario, que ha registrado pérdidas generalizadas en una jornada que, en España, se ha caracterizado por el desplome del Santander y de sus derechos sobre la ampliación. El banco presidido por Emilio Botín se ha dejado un 9,98%, mientras que los derechos sobre su ampliación de capital, que tanta desconfianza han generado en los inversores, han bajado cerca de un 40% para quedarse en la mitad de los 0,46 euros a los que cotizaban el jueves. La actividad en torno a este valor ha sido frenética, especialmente hacia el final de la sesión, cuando ha llegado a acaparar un tercio del total de las operaciones que se realizaban en el parqué madrileño.

Por su parte, el Ibex se deja un 3,74% al cierre de la sesión y baja hasta los 8.214,7 puntos, arrastrado precisamente por el sector bancario. Además, del Santander, entre los grandes valores del mercado el BBVA se ha dejado un 5,45%, Banesto (6,56%) y Banco Popular en torno al 4%. Otros valores que han registrado pérdidas son Telefónica (1,28%), Iberdrola (3,31%) y Repsol YPF, del (3,53%).

En el resto de Europa, la situación ha sido similar. El CAC-40 parisino ha perdido un 4,03%, arrastrado por los valores del sector bancario (BNP ha perdido más de un 11%, Credit Agricole un 9,8% y Société Générale casi un 8%) y del automóvil; el DAX ha perdido un 4,92% y el Mib de Milán se ha perdido algo menos (2,90%).

En los mercados monetarios, el euro ha subido con fuerza y superó la marca de los 1,28 dólares tras conocerse la caída de la inflación en EEUU en octubre, pero perdió terreno en las últimas horas de negociación en Europa.