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DESESPERO : Lula institui dia da ‘Marcha para Jesus’

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_Política

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009, 17:33 | Online

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Tania Monteiro, de O Estado de S.Paulo


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BRASÍLIA –

Dilma em oração com Crivella (e) e Estevam e Sonia Hernandes (costas). Foto: Dida Sampaio/AE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira, 3, o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Participaram da cerimônia, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o presidente da Câmara, Michel Temer, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, estavam presentes no evento.

Veja Também

linkDilma Rousseff diz estar curada de câncer linfático

linkCâmara aprova projeto que beneficia religiões

O projeto marca um novo lance nos esforços de Lula para se aproximar do público evangélico, que, segundo estimativas, representa 15% do eleitorado.

Segundo Crivella, a lei que cria a Marcha para Jesus apenas oficializa uma comemoração que já ocorre regularmente em caráter informal em várias cidades brasileiras.

A solenidade contou com a participação de representantes de várias igrejas evangélicas, inclusive dos bispos Estevam e Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo. O casal voltou ao Brasil no começo de agosto, depois de um período de dois anos e seis meses de prisão e liberdade condicional nos Estados Unidos. Eles foram condenados após tentar entrar no país com US$ 56 mil não declarados.

Lula e Estavam Hernandes não se falaram no encontro. Foto: Dida Sampaio/AE

Oração

Antes do início da cerimônia, Estevam Hernandes fez questão de puxar uma oração pela saúde da ministra Dilma, que deu entrevista nesta quinta-feira dizendo que está curada do câncer linfático. Dilma é a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2010.

De acordo com as informações da Presidência, a Marcha para Jesus teve origem em Londres e hoje ocorre em diversos países.

“Oramos por ela, pela família dela e pela saúde dela”, disse Estevam ao deixar a sala de cerimônias do CCBB, atual sede do governo.

Após a bênção à ministra, o casal Hernandes convidou Dilma para participar, no dia 2 de novembro, em São Paulo, da Marcha para Jesus, quando pretende reunir pelo menos quatro milhões de pessoas. “Ela disse que, se for possível, estará sim presente”, contou Hernandes, que não quis falar em apoio à candidatura da petista às eleições presidenciais de 2010. “É muito cedo para falar em apoio a candidatos”, respondeu.

Quarta-Feira, 02 de Setembro de 2009 | Versão Impressa

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A fé como negócio


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Se a ratificação do acordo firmado pelo presidente Lula e pelo papa Bento XVI já era ruim, uma vez que ignora o princípio do Estado laico consagrado pelas Constituições brasileiras desde a proclamação da República e concede privilégios que colidem com o princípio constitucional da igualdade, com a aprovação do projeto de “Lei Geral das Religiões”, pela Câmara dos Deputados, a situação poderá assumir aspectos de alçada da legislação do Código Penal.

O acordo entre o Brasil e o Estado do Vaticano foi assinado em Roma, no fim de 2008. Ao justificá-lo, a Igreja Católica, valendo-se da condição de ser formalmente subordinada a um Estado soberano, alegou que o objetivo do documento era sistematizar o que estava previsto por leis esparsas. Além da isenção fiscal para pessoas jurídicas religiosas, o acordo prevê a manutenção do patrimônio cultural da Igreja Católica com recursos públicos e isenta a instituição de cumprir obrigações impostas pelas leis trabalhistas brasileiras. Tendo sido redigido de modo vago, ele abre caminho para a ampliação dessas concessões para todos os negócios da Igreja, que é dona de editoras, rádios, TVs e escolas.

Tendo o presidente Lula cometido o equívoco de assinar esse acordo, era inevitável que as demais igrejas invocassem isonomia, exigindo os mesmos privilégios. Quando a ratificação do acordo foi encaminhada ao Legislativo, como determina a Constituição, as bancadas evangélicas aproveitaram a oportunidade para estender a toda e qualquer “instituição religiosa” as mesmas vantagens legais, trabalhistas e fiscais concedidas à Igreja Católica. O projeto de lei apresentado com esse objetivo tramitou em tempo recorde. Seus vícios começam com a total liberdade dada às “denominações religiosas” para criar, modificar ou extinguir suas instituições, e avançam com as isenções fiscais para rendas e patrimônio de pessoas jurídicas vinculadas a quaisquer instituições que passem por religiosas.

Essas concessões abrem uma imensa porteira para negócios escusos. Basta ver, nesse sentido, a ação que foi aberta há três semanas na 9ª Vara Criminal da capital contra a Igreja Universal do Reino de Deus, sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, o “bispo” Edir Macedo e seus “pastores” viriam há dez anos iludindo fiéis e cometendo os mais variados tipos de fraude. Os promotores afirmam que, somando transferências e depósitos bancários feitos por pessoas ligadas à Universal, ela teria movimentado R$ 8 bilhões, entre 2001 e 2008, desviando para a aquisição de emissoras de TV e rádio, financeiras, agências de turismo, imobiliárias e jatinhos recursos doados por fiéis para atividades de catequese.

Dias antes de acionar a Universal, o MP havia informado que retomará o processo por crime de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro contra os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. A ação estava suspensa porque o “bispo” Estevam Hernandes e a “bispa” Sônia Hernandes estavam cumprindo pena de 10 meses de detenção nos Estados Unidos, por terem entrado naquele país sem declarar a exata quantia de dinheiro que levavam.

Além dos vícios já apontados, o projeto de “Lei Geral das Religiões” contém outros absurdos. Um deles é o dispositivo que prevê que propriedades de uso religioso não poderão ser demolidas ou penhoradas, por causa de sua função social. Como os “supermercados da fé” cada vez mais vêm sendo instalados em galpões, garagens, cinemas e lojas, chamados de “templos”, isso significa que esses imóveis não poderão ser desapropriados para obras de interesse público, o que representa uma interferência nas leis municipais e nos instrumentos de planejamento urbano estabelecidos pelos planos diretores das prefeituras. Razões de sobra tinha o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) – que votou contra a ratificação do acordo com o Vaticano e o projeto da “Lei Geral de Religiões” – para, ao advertir sobre esse risco, afirmar que “templo é dinheiro”.

Vamos esperar que o Senado, que terá de dar seu voto sobre os dois projetos, aproveite essa oportunidade de merecer um aplauso da opinião pública.

Sem explicações

Record defende Universal com ataques

Publicada em 12/08/2009 às 23h47m

O Globo

SÃO PAULO e RIO – A Rede Record, ligada à Igreja Universal, usou nesta quarta-feira 14 minutos do “Jornal da Record” para supostamente responder às denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual e aceitas pela Justiça contra o bispo Edir Macedo, fundador e chefe da Universal, e mais nove pessoas ligadas à igreja. Em vez de rebater as denúncias de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, a reportagem da Record preferiu fazer ataques à Rede Globo. As informações sobre a denúncia do Ministério Público e sua aceitação pela Justiça foram publicadas por diversos jornais do país e do exterior.

Na resposta à denúncia do Ministério Público – que acusa Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Universal de desviarem dinheiro doado por fiéis para empresas de fachada, de onde os recursos são mandados ao exterior e depois voltam “lavados” ao Brasil para a compra de redes de comunicação e imóveis -, o “Jornal da Record” mostrou obras assistenciais da Universal, dizendo que a igreja está presente em 174 países e tem oito milhões de fiéis no Brasil. A reportagem ainda mostrou um jatinho comprado para uso dos pastores e vários fiéis defendendo a Universal.

Na Catedral Mundial da Fé, em Del Castilho, para um público de fiéis de cerca de três mil pessoas, pastores e obreiros distribuíram nesta quarta o folheto “Perseguição traz experiência”, assinado por Edir Macedo. No texto, ele afirma que a igreja “está travando uma guerra e já sabemos qual será o seu final”. Macedo conclama os fiéis a “formar uma frente dos atribulados”: “Vamos orar, juntar as nossas forças, jejuar mais e buscar as promessas de Deus. Não vamos nos abater nem nos deixar abalados. Todas as acusações são para o nosso bem”.

‘Clarín’: “Poderosa igreja acusada de lavar dinheiro”

A denúncia aceita pela Justiça foi destaque no noticiário mundial. Reportagens de agências internacionais como Associated Press (AP), Reuters, AFP e Ansa foram reproduzidas por todos os principais jornais e sites nos Estados Unidos (“New York Times”, “Washington Post”, “The Independent”, “Miami Herald”, CBS News, NBC) e diversos outros países onde a Universal atua, como Portugal, Argentina, Venezuela, Equador, Peru, México, Panamá, Uruguai. A Reuters informou que Macedo e seu grupo são acusados de usar doações de fiéis em benefício próprio para comprar imóveis, carros e joias, além de TVs e rádios. A AP destaca que, segundo a denúncia, a igreja é utilizada para a prática de fraudes há anos.

O argentino “El Clarín” acrescenta: “O que estaria em jogo é que parte desses recursos teria saído do Brasil para paraísos fiscais através de empresas fantasmas abertas por membros da entidade. O dinheiro teria sido repatriado posteriormente e depositado em contas de pessoas físicas ligadas à Universal. Com tais recursos, teriam comprado emissoras de TV e rádio, como também outras empresas do conglomerado religioso”.

O “Diário de Notícias” e o “Jornal de Notícias”, ambos de Portugal, relatam que o grupo é acusado de associação criminosa e lavagem de dinheiro. O “Jornal de Notícias” cita que autoridades brasileiras cogitam pedir ajuda de outros países, incluindo Portugal e nações africanas, para recolher elementos de prova que consolidem as acusações, de acordo com a agência Lusa, que cita fonte do Ministério Público brasileiro: “As investigações podem se estender a todos os países onde houver templos da igreja e indícios de emissão de recursos”. O jornal lembra que a Igreja Universal iniciou atividade em Portugal em 1999, como porta de entrada para Europa e África. “Por aqui estão instalados mais de 120 templos e encontram-se em construção espaços de culto verdadeiramente megalômanos. No continente africano, está presente em quase todos os países e, só em Angola, existem 400 cultos”.

A BBC lembrou o caso dos fundadores da Renascer em Cristo, Estevam e Sonia Hernandes, que cumpriram pena de prisão nos EUA por contrabando de dinheiro.

Brasil

LAVAGEM DE DINHEIRO

TV da Renascer ataca promotores

Fernanda Fernandes, de 25 anos, filha do casal evangélico Estevam e Sonia Hernandes, acusado de lavagem de dinheiro e estelionato, usou o canal de televisão mantido pela Igreja Renascer em Cristo para atacar a Justiça. O casal de “bispos” foi solto nos Estados Unidos. O governo brasileiro prepara um pedido de extradição


22 Jan 2007 – 01h40min

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ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos(Foto: baNCO DE DADOS)

A filha dos fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Fernanda Hernandes, utilizou a televisão mantida pela denominação para acusar os promotores de Justiça que denunciaram seus pais pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e estelionato de “agir com o espírito do anti-Cristo”, “ter sede da vida do ‘apóstolo’ Estevam”, “perseguir o povo evangélico” e “querer instaurar uma nova inquisição no Brasil”.

Primeira igreja neopentecostal a investir no televangelismo para arrebanhar um público, em sua maior parte, de classe média, a Renascer agora usa sua rede para apontar uma perseguição contra os evangélicos. O site da igreja conclama os fiéis a permanecerem em jejum e fazerem orações, como “arma espiritual” e a permanecerem “fiéis ao seu chamado”.

“O promotor não quer promover Justiça. Quer promover o próprio rosto. Não tem respeito pela profissão. Promover Justiça não tem nada a ver com destruir uma família, porque quem tem provas não precisa de mídia”, disse ela em depoimento enviado da casa de sua família no condomínio de Boca Raton, na Florida, e exibido em programas da “TV Gospel”.

A televisão mostra debates com o tema “você já sofreu preconceito por ser evangélico?” e depoimentos que atestam a “dedicação do ‘apóstolo’ e da ‘bispa'”. “O Brasil ainda é católico, mas os evangélicos já são 30% da população. Por isso querem nos destruir e se referem a nós de maneira pejorativa”, afirmou ela a filha dos Hernandez.

Identificada pela TV como “pastora Fê”, Fernanda Hernandes, de 25 anos, estava com seus pais e líderes da Renascer, Estevam e Sonia Hernandes, quando eles foram presos ao tentar entrar nos Estados Unidos com US$ 56,5 mil, após declarar apenas US$ 10 mil. Seus pais foram presos e ela o irmão, Felipe Hernandes, liberados após prestar depoimento.

Estevam e Sonia Hernandes foram mantidos pela justiça americana no Federal Detention Center (FDC) e depois transferidos para cadeias destinadas a imigrantes em Miami. Soltos entre quinta e sexta-feira, eles devem permanecer sob custódia das autoridades americanas pelo menos até o dia 24, quando participam de audiência com o juiz local.

Dentro do “programa de supervisão intensiva”, aplicado a imigrantes ilegais, Sonia e Estevam usam braceletes com chips de monitoramento e têm de se recolher após as 17 horas. Nos Estados Unidos, respondem por lavagem de dinheiro e falsificação de documento público. O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, deve assinar uma petição ao governo dos Estados Unidos para fins de extradição do casal fundador da Igreja Renascer em Cristo.

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Jovem fica presa em tubulação por dois dias na Grande SP

Posted in CRIME, TÔ SEM PALAVRAS... on 21 de Novembro de 2008 by os.maias

Garota de 18 anos teria sido estuprada pelo homem que a prendeu dentro do buraco em Ferraz de Vasconcelos

Fabiana Marchezi – estadao.com.br


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SÃO PAULO – Após ser violentada, uma jovem de 18 anos foi obrigada a entrar em uma tubulação na Rua Prefeito Takume Koike, em Ferraz de Vasconcelos, Grande São Paulo, onde ficou presa por dois dias, até ser ouvida por uma mulher que passava por perto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, Regina Costa teria sido estuprada por um homem de 40 anos e teria sido colocada no local, onde o suspeito jogou blocos de concreto para impedi-la de sair.

Depois de ser resgatada pelos bombeiros, a jovem afirmou que na última terça-feira, 18, quando seguia da escola para casa, no bairro do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, foi abordada por um homem e levada a uma casa abandonada em Ferraz de Vasconcelos, onde foi estuprada. Ainda conforme a vítima, o suspeito a amarrou e ameaçou de morte com um facão, obrigando-a a entrar na tubulação.

Segundo a secretaria, a mãe de Regina, de 44 anos, informou que registrou um boletim de ocorrência no dia do desaparecimento da filha no 50.º Distrito Policial e contou que durante as 48 horas de angústia recebeu dois telefonemas do suspeito pedindo R$ 20 mil de resgate. Porém as 11h45 desta quinta, ela recebeu um telefonema dizendo que a jovem havia sido encontrada.

Regina recebeu os primeiros socorros e foi encaminhada ao Hospital Pérola Byington. Foi solicitada perícia no local e exame de corpo de delito na jovem. O caso foi registrado na delegacia de Ferraz de Vasconcelos.

USP testa "chá do Santo Daime" contra depressão

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 19 de Novembro de 2008 by os.maias

JULIANA COISSI
da Folha Ribeirão

O “chá do Santo Daime”, originário da Amazônia e empregado em rituais religiosos, tornou-se a base de uma pesquisa inédita bem-sucedida da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto para tratar pacientes com depressão.

O projeto-piloto foi feito com duas mulheres com problemas crônicos de depressão, que tomaram uma dose do chá e relataram melhora imediata. A idéia agora é estender o estudo para 60 pacientes, com dosagens repetidas. Os pesquisadores querem descobrir se a ayahuasca –espécie de chá com efeito alucinógeno feito a partir de um cipó e um arbusto originários da Amazônia– pode substituir os antidepressivos.

Depois de a Universidade Federal de Santa Catarina fazer pesquisas com camundongos, a USP testou o chá nas duas mulheres na faixa dos 50 anos que têm sintomas como perda de apetite, desânimo e choro.

Elas tomaram 200 ml (um copo) da bebida e ficaram em observação por três dias. “No mesmo dia as pacientes já estava melhores, e no segundo dia diziam que não estavam mais depressivas, que as cores da vida tinham voltado”, disse Jaime Eduardo Hallak, professor do Departamento de Neurociência e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina da USP.

Após três dias, foi ministrado às pacientes antidepressivo comum, “porque ainda não há evidências do efeito permanente da ayahuasca”. “Mas elas acharam a experiência positiva e disseram que gostariam de tomar mais.” O médico agora aguarda nova autorização do Comitê de Ética do HC de Ribeirão para ministrar o chá a 60 pacientes em doses repetidas e em intervalos pequenos.

Na opinião de Hallak, é possível que o chá amazônico venha a se tornar uma arma contra a depressão. “Eu acredito que é possível formular um medicamento com o chá. Se não diretamente com a estrutura da molécula presente no Santo Daime, algo muito próximo.”

A ayahuasca contém duas substâncias –harmina e dimetiltriptamina. A harmina é uma espécie de antidepressivo, mas o que causa o efeito imediato é a dimetiltriptanima, que gera o equivalente a um banho de serotonina no cérebro.

O segredo do Santo Daime, diz Hallak, está na rapidez: o efeito é mais imediato, por exemplo, do que tomar um comprimido de antidepressivo.

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Papa: bens devem ser compartilhados com todos

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 16 de Novembro de 2008 by os.maias

O papa Bento XVI afirmou hoje que as doutrinas do Evangelho “promovem na população cristã uma mentalidade ativa e empreendedora” e que os bens “têm que ser gastos, investidos, compartilhados com todos”.

O pontífice se dirigiu aos cerca de 60 mil peregrinos que estavam na Praça de São Pedro do Vaticano para assistir à tradicional reza do Ângelus.

O papa fez alusão à “famosa parábola dos talentos, narrada por São Mateus (25,14-30). O ”talento” era uma antiga moeda romana de grande valor, e justamente por causa da popularidade desta parábola, se transformou em sinônimo do dote pessoal, que cada um deve fazer frutificar”.

De fato, o texto fala de “um homem que, a partir de uma viagem, chamou seus servos e lhes deu seus bens” (Mt 25,14). “O homem da parábola é o próprio Cristo, os serventes são os discípulos e os talentos são os dons que Jesus lhes dá”, acrescentou.

“Este é o tesouro que Jesus confiou a seus amigos, no final de seu breve existência terrena”, disse o pontífice.

A parábola, disse Bento XVI, “insiste na atitude interior para acolher e valorizar este presente”.

O pontífice lembrou os discípulos de Jesus, que, havendo recebido esse presente, “são felizes pelo dom recebido, não o esconderam por temor e ciúmes, e fizeram-no frutificar, compartilhando, fazendo-o participar”.

“Sim, o que Cristo nos deu se multiplica doando. É um tesouro feito para ser gasto, investido, partilhado com todos”, disse Bento XVI.

OAB decide na segunda se dará registro de advogado a Pimenta Neves

Posted in CRIME, TÔ SEM PALAVRAS... on 16 de Novembro de 2008 by os.maias

Plantão | Publicada em 15/11/2008 às 13h56m

Soraya Aggege, O Globo

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SÃO PAULO – A seccional paulista da OAB deve retomar nesta segunda-feira o pedido de registro de advogado do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, condenado pelo assassinato da jornalista Sandra Gomide. Ele se formou em Direito há 35 anos e só solicitou o registro depois que foi pronunciado por ter matado a também Sandra, sua ex-namorada. O crime aconteceu em agosto de 2000. Pimenta Neves fez a solicitação à OAB-SP em 2002. O relator é o conselheiro Euro Bento Maciel, segundo informação do site “Consultor Jurídico”.

A decisão foi adiada em outubro depois de um pedido de vista de um dos conselheiros. O pedido aconteceu depois de uma polêmica gerada entre os conselheiros – se Pimenta Neves seria ou não beneficiado pela Lei 5.9060, de 10 de dezembro de 1973, hoje revogada pela Lei 8.906/94. Ficariam dispensados do Exame de Ordem bacharéis em Direito que concluíram o curso até o ano letivo de 1973. Pimenta Neves se formou pela Faculdade de Direito Octávio Bastos e colou grau em 27 de março de 1973, mas só pediu sua inscrição 20 anos depois.

A avaliação do pedido de inscrição de Pimenta Neves tem como base o artigo 8º da Lei 8.9076/94 (Estatuto da Advocacia), que estipula ser a idoneidade moral um dos requisitos para o bacharel obter inscrição na OAB e exercer a profissão de advogado. Outros requisitos são a capacidade civil, diploma, título de eleitor, aprovação em Exame de Ordem, não exercer atividade incompatível com a advocacia e prestar compromisso perante o Conselho da Ordem.

O jornalista foi condenado pelo crime de homicídio em maio de 2006. Inicialmente, a pena foi fixada em 19 anos e dois meses. O Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena para 18 anos de prisão porque o réu confessou o crime e decretou a prisão de Pimenta Neves. Ele conseguiu um Habeas Corpus e aguarda o trânsito em julgado da sentença condenatória em liberdade. Em setembro, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao analisar recurso contra a decisão que o condenou, decidiu que Pimenta deve cumprir pena de 15 anos de prisão.

Depois do assassinato de Sandra, Pimenta Neves foi à seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil com um pedido de inscrição. Na época, a entidade examinou a questão e vários advogados se manifestaram contra a concessão do pedido. Entre eles, o advogado Raul Haidar, que entendeu que Pimenta Neves não tinha idoneidade moral. Mas não houve decisão. A idoneidade moral é um dos requisitos para que um advogado se inscreva na Ordem. O profissional precisa fazer uma declaração de que não existe nada contra ele e que seu nome está limpo. A OAB entende a declaração como documento verdadeiro. Depois que o pedido já existe, qualquer pessoa da sociedade civil pode se opor ao pedido, alegando que a pessoa não tem idoneidade moral. No caso de Pimenta Neves, a primeira pessoa a se opor ao seu pedido foi o advogado Paulo Guilherme de Mendonça Lopes. Ele encaminhou à Ordem representação contra o pedido do jornalista, informa o site.

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Faculdade São Luís fecha, e alunos serão transferidos em SP

Posted in EDUCAÇÃO, TÔ SEM PALAVRAS... on 14 de Novembro de 2008 by os.maias

A Faculdade São Luís, na rua Haddock Lobo, no bairro da Consolação (centro de SP), irá fechar no próximo ano. O anúncio foi feito ontem à noite, em reunião entre professores, alunos e diretoria.

A decisão foi comunicada à faculdade em outubro pela Companhia de Jesus, mantenedora de 14 colégios e cinco estabelecimentos de ensino superior, incluindo a São Luís, a FEI e a PUC-RJ. A diretoria informou que a decisão dos jesuítas de encerrar as atividades tem o intuito de concentrar esforços em outras instituições.

Os estudantes de administração serão transferidos para o Centro Universitário da FEI. Os de ciências econômicas e ciências sociais para a PUC-SP.

Não haverá processo seletivo para a transferência. Segundo a diretoria da São Luís, um acordo foi fechado com as duas faculdades –a reportagem não conseguiu contato com elas na noite de ontem. Elas acolherão cerca de 400 alunos, que continuarão a pagar a mesma mensalidade, R$ 720. Bolsistas do ProUni terão o benefício transferido, e os da faculdade terão de pleitear desconto junto às novas instituições.

A maioria dos 400 alunos presentes na reunião ficou descontente com a notícia. Eles reclamaram principalmente da falta de transparência da faculdade, que não discutiu a questão previamente com alunos e professores, e das dificuldades para se adaptar às grades curriculares das novas faculdades.

A ex-aluna Ana Lúcia Abreu, 29, foi ontem para a frente da faculdade protestar. Disse que o fato de ter estudado numa instituição que fechou as portas “suja” o seu currículo.

Fernando Forquilha, 22, estudante de economia, tem bolsa parcial e não sabe o vai fazer se a PUC não mantiver o desconto. “Dependo dessa bolsa para estudar”, disse.

A faculdade funcionará até meados de maio, com um grupo pequeno de professores que atenderão aos alunos em fase de trabalho de conclusão de curso. No entanto, a maioria dos 43 docentes será demitida no final do ano.

O professor de economia Cassiano Ricardo Martines Bovo disse que há uma semana os boatos sobre o fechamento já circulavam pelos corredores da faculdade. “Até o momento, o que sei é que serei demitido”, disse o professor, depois da reunião com a diretoria.

Durante a reunião de ontem, uma aluna perguntou se o espaço será usado para a ampliação do colégio São Luís, que existe há 140 anos e funciona no mesmo prédio. O vice-reitor da faculdade, professor Wagner Lopes Sanchez, disse que não se sabe o que será feito dos três andares atualmente ocupados pela faculdade, que foi fundada em 1948. Por enquanto, eles ficarão vazios.

>Faculdade São Luís anuncia encerramento das atividades

A Faculdade São Luís informou nesta quinta-feira que vai encerrar as atividades de graduação superior, no ano em que completa 60 anos de atividades.

A instituição, mantida pela Companhia de Jesus, informou em nota que o fim dos cursos superior é uma decisão estratégica dos jesuítas para concentrar esforços em instituições universitárias como a PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio e o Centro Universitário da FEI, com campi em São Paulo e em São Bernardo (Grande ABC).

A faculdade informou que os alunos não serão prejudicados, pois firmou convênio com duas faculdades para absorver seus estudantes. Os alunos do curso de administração serão transferidos para o Centro Universitário da FEI, e os de ciências contábeis e ciências econômicas para a PUC de São Paulo.

Fundada em 1948, o grupo que administra a Faculdade São Luís é responsável por 14 colégios e cinco estabelecimentos de ensino superior em várias partes do país.

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STJ isenta Detran de responsabilidade em venda de veículo roubado

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 10 de Novembro de 2008 by os.maias

A 2ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) acolheu recurso do Detran (Departamento de Trânsito) do Rio Grande do Norte e o isentou da responsabilidade no pagamento dos danos materiais devidos a um comerciante que vendeu um veículo roubado. O entendimento dos ministros foi de que o órgão não pode ser responsabilizado por ato criminoso de terceiros ou pela culpa do adquirente de veículo de procedência duvidosa.

Segundo informações do tribunal, o caso trata de ação de reparação de danos patrimoniais e morais ajuizada contra o Estado do Rio Grande do Norte e Detran do Estado. O autor da ação, comerciante de compra e venda de veículos, adquiriu carro de terceiro, vendendo-o posteriormente a particular após ter sido informado pelo Detran-RN da inexistência de restrição à transferência do veículo.

No entanto, a transferência não pôde ser efetuada por tratar-se de veículo roubado. Assim, o comerciante restituiu ao comprador o dinheiro da venda, arcando com o prejuízo financeiro.

O Tribunal de Justiça do Estado fixou em R$ 13 mil o pagamento de indenização por danos materiais pelo Detran, devido ao ato omissivo ao emitir consulta/certidão sobre a situação cadastral do automóvel, sem que constasse restrição à transferência do bem, furtado meses antes.

O Detran recorreu da decisão, afirmando que não se pode responsabilizá-lo civilmente “em se tratando de compra e venda de veículos furtados, ainda que inexista qualquer registro, nesse sentido, no cadastro do órgão de trânsito”. Além disso, sustentou ser indevida a indenização por danos materiais, uma vez que não há nexo de causalidade, além de a culpa ser exclusiva da vítima.

Segundo o relator da apelação, ministro Herman Benjamin, compete ao comerciante de automóveis usados o dever de verificação — mediante inspeção física do bem, e não simplesmente documental no Detran — da existência de restrições à transferência e da procedência lícita do veículo comercializado.

De acordo com o relator, não cabe a responsabilizar civilmente o Detran por mera emissão de prontuário do veículo que omita restrição à transferência em decorrência de roubo anterior, mas que só venha a ser conhecido pelo órgão no momento da efetiva transferência, após inspeção ocular e técnica.

Sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 31 de Outubro de 2008 by os.maias
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Total da União, Estados e Municípios

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Fomento à Identidade e à Diversidade Cultural no Contexto Brasileiro
A importância do tema Identidade e Diversidade Cultural no atual governo

Fomento à Identidade e à Diversidade Cultural no Contexto Brasileiro *


Agosto de 2004

A criação da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural no âmbito do Ministério da Cultura revela a importância deste tema para o governo Luíz Inácio Lula da Silva, e está relacionada à crescente importância deste tema nos debates sobre Cultura e Política Cultural. As sociedades ocidentais em geral e o Brasil em particular passam por transformações desde o final do século XX, colocando em crise as noções modernas de Cultura e Identidade Cultural, bem como à construção moderna de identidade cultural brasileira. A essas modificações ocorridas na dinâmica social devem corresponder um aperfeiçoamento das instituições responsáveis pelas políticas públicas culturais e nas formas de apoio e à diversidade cultural brasileira.

Auspicioso é o fato da dimensão Cultural ser incluída no conceito de desenvolvimento nacional no Plano Plurianual 2003/2007 – Plano Brasil de Todos do governo do Presidente Lula, ao lado das dimensões econômica, da inclusão social, regional, ambiental e democrática. O Desafio 24 do Megaobjetivo III – Promoção e expansão da cidadania e fortaleciemento da democracia – propõe: “Valorizar a diversidade das expressões culturais nacionais e regionais”. Dentre as Orientações Estratégicas várias são as que se relacionam com os temas da identidade e da diversidade cultural, tais como:

a) ampliar o nível e a qualidade da escolarização da população, promovendo o acesso universal à educação e ao patrimônio cultural do país;

b) reduzir a vulnerabilidade das crianças e de adolescentes em relação a todas as formas de violência, aprimorando os mecanismos de efetivação dos seus direitos sociais e culturais;

c) promover a redução das desigualdades raciais, com ênfase na valorização cultural das etnias;

d) promover a redução das desigualdades de gênero, com ênfase na valorização das diferentes identidades;

e) ampliar o acesso à informação e ao conhecimento por meio das novas tecnologias, promovendo a inclusão digital e garantindo a formação crítica dos usuários;

f) ampliar, desconcentrar regionalmente e fortalecer as bases culturais, científicas e tecnológicas de sustentação do desenvolvimento, democratizando o seu acesso;

g) reduzir as desigualdades regionais e intra-regionais com integração das múltiplas escalas espaciais (nacional, macro-regional, sub-regional e local), valorizando as identidades e diversidades culturais e estimulando a participação da sociedade no desenvolvimento local;

h) valorizar a identidade e preservar a integridade e soberania nacionais;

i) promover os valores e os interesses nacionais e intensificar o compromisso do Brasil com uma cultura da paz, solidariedade e de direitos humanos no cenário internacional.

Como problema de política pública temos que enfrentar os riscos de empobrecimento de nossa diversidade cultural – devido a processos e tendências culturais homogeinizadoras e à vulnerabilidades de reprodução de determinados modos de vida no Brasil – e, também às dificuldade de produção de diálogos e trânsitos culturais entre os brasileiros (bem como entre os brasileiros e outros povos), fazendo com que a diversidade cultural brasileira ainda seja pouco conhecida e usufruida. Diversos e grupos identitários na sociedade brasileira são sub-representados na nossa produção cultural. Além da invisibilidade de grupos e manifestações de dois dos três povos formadores – os afro-descendente e os povos indígenas – manifestações construídas por imigrantes de várias origens também são sub-representados. Além disso há o insuficiente reconhecimento e aceitação de diversas culturas e manifestações culturais consideradas como sub-nacionais, regionais ou locais, produtos originais de modos de vida ao longo do território e história brasileira.

Em conseqüência, devemos aperfeiçoar o conjuntos de instrumentos de políticas públicas que apoiem a preservação e o desenvolvimento dos grupos e redes culturais que produzem as manifestações características de nossa diversidade, além de fomentar o intercâmbio cultural entre grupos e regiões do país. Esta é a missão da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e uma das novidades estratégicas da atual gestão do Sistema MinC. Na revisão do PPA 2004/2007 o MinC propôs o Programa Brasil Plural – Identidade e Diversidade Cultural. A elaboração destes instrumentos está associada ao debate conceitual e político sobre os conceitos de Cultura, Identidade e Diversidade Cultural, além de uma discussão em relação ao contexto brasileiro.

Os deslocamentos da Identidade Cultural na Modernidade e do Conceito de Cultura

As identidades culturais apresentariam ao longo do tempo maior ou menor estabilidade, capacidade de fixar significados e coesionar coletividades humanas. A construção das identidades e seus deslocamentos, tanto as expressões e identidades singulares – como as das nações, etnias, religiões, etc – quanto os elementos que se consideram universais, têm seus significados historicamente e socialmente construídos, sendo fluidos e em transformação.

A idéia moderna de Cultura está, desde seu surgimento, associada à idéia de diversidade e ao chamado sujeito Iluminismo, passando a reunir na mesma noção, desde o início do século XIX, a tradição humanista de cultivo das realizações “superiores” do espírito humano nas artes e ciências e a nova valorização, de raiz iluminista, da diversidade de costumes e crenças dos povos como via para o conhecimento do humano.” A Cultura no sentido moderno – mesmo considerando as diferentes conceituações construídas durante o século XX – ao mesmo tempo seria o conjunto de expressões do espírito ou gênero humano e das expressões singulares da humanidade, tais como dos indivíduos ou de grupos sociais que tornam-se identificados com determinada expressão ou “cultura”. As transformações dos sentidos de cultura estão relacionadas a tensões entre tendências homogeinizadoras ou universalizantes com afirmações ou manifestações singulares.

Em “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade”, Stuart Hall faz um mapeamento dos sujeitos da modernidade, postulando que o sujeito típico da modernidade – o sujeito do Iluminismo – teria sua identidade deslocada, resultando em identidades abertas, contraditórias, inacabadas e fragmentadas, características da modernidade tardia ou pós-modernidade. O sujeito do Iluminismo (ou sujeito cartesiano) – basicamente o “indivíduo soberano”, uma entidade baseada na Razão, ao mesmo tempo indivisível (unificada no seu interior) e singular, distintiva, única – constitui-se em pólo na relação dual com as diversas estruturas ou instituições sociais. Por exemplo, será ele o homo economicus da Economia Clássica ou de “O Capital”, ou o cidadão individual enredado nas maquinarias e burocracias do estado moderno, ou ainda o artista individual criador, que manifesta seu gênio em obras de arte.

O século XX assiste ao surgimento e consolidação das Indústrias Culturais que ao mesmo tempo definem novas formas de produção e comunicação dos “produtos” culturais e novas relações entre os Estados Nacionais e essas indústrias. Até a metade do século as principais indústrias culturais estava ligadas ao rádio – veículo de novas formas de jornalismo e música (especialmente os produtos da indústria fonográfica) – ao cinema e ao livro. A partir dos anos 1920 e 1930 desenvolve-se o conceito de cultura de massa associado aos processos de industrialização e urbanização, em que atomização social e padronização dos gostos e comportamentos pela cultura de massa – que incluem as técnicas de publicidade e propaganda – aparecem conjuntamente. Durante o século passado as indústrias culturais incorporaram novas tecnologias de produção, difusão e comercialização de produtos culturais, tais como a televisão e as transmissões via satélite, além do recente desenvolvimento dos computadores, de novas tecnologias de captação, tratamento e transmissão de som, imagem e outros dados. A capacidade de abrangência desses meios de comunicação propicia condições supra-nacionais de homogeinização e padronização cultural, riscos apontados desde os pioneiros estudos críticos da Escola de Frankfurt.

É na segunda metade do século XX que o Sujeito do Iluminismo é descentrado, segundo vários autores. Hall aponta 5 fatores de deslocamento dessa identidade moderna: a) a interpretação marxista (não somente os escritos de Marx) contrariam a idéia de que haveria uma essência universal de homem (qualquer que seja ela), o caracterizaria como singular. Ao contrário, as determinações sociais, especialmente as posições em relação ao mundo do trabalho, ou seja, a situação de classe determinaria fortemente a identidade dos sujeitos contemporâneos; b) a proposição freudiana do inconsciente como base formadora de identidade – muito distinta da Razão – e as interpretações psicanalísticas, como as de Jaques Lacan, em que a formação do eu dá-se na relação com os outros em processos contraditórios de identificação; c) as proposições da lingüística estrutural, em especial de Saussure, que minimizam a idéia de que somos realmente “autores” das afirmações que fazemos, já que as línguas são sistemas sociais e não individuais; d) a proposição foucaultiana do “poder disciplinar” cujo objetivo consiste em manter as vidas, as atividades, o trabalho, as infelicidades e os prazeres do indivíduo, manifestado através de modernas instituições como quartéis, escolas, prisões, hospitais, clínicas, etc; e) o impacto do feminismo e dos novos movimentos sociais que emergiram nos anos 1960, que não se filiam nem ao liberalismo capitalista nem ao estalinismo, que afirmam dimensões subjetivas da vida como elementos da política, suspeitam das formas burocráticas (inclusive os partidos políticos) e valorizam formas especificamente culturais de manifestação, como o teatro revolucionário.

Os deslocamentos sofridos pelo sujeito do Iluminismo, tomado como representação da Identidade Cultural moderna, fazem com que se reconheça a legitimidade de identidades outras que as pretensamente universais. Essas identidades tem várias origens, tais como: a) situação de classe ou do mundo do trabalho (identidades de trabalhadores do campo ou da cidade, estudantes, etc); b) situações de gênero ou orientação sexual, como os movimentos de mulheres e os movimentos de gays, lésbicas, trangêneros e bissexuais; c) situação etária, como os idosos, jovens e crianças; d) situação étnica, como os dos afro-descendentes, dos povos indígenas e de imigrantes de várias origens. Este reconhecimento é fundamental para uma nova visão sobre Política Cultural, dada a importância das expressões ou manifestações especificamente culturais (não tomada a Cultura aqui na sua acepção antropológica) na construção dessas identidades.

A Identidade Cultural Nacional e a Modernidade Tardia

Um dos aspectos mais destacados nos debates em torno da globalização é em relação às tranformações dos Estados-Nação. No mundo moderno, as culturas nacionais são fontes principais de identidade cultural, ao um só tempo forças homogeinizadoras em determinado território e singulares no contexto internacional. Por exemplo, ao nos caracterizarmos como brasileiros estamos revelando esse traço da modernidade quase como um dado de natureza. Histórica e socialmente construídas as diversas idéias de nacionalidade são mais do que entidades políticas e sim elemento fundamental para um sistema de representação cultural. Diversas são as instituições culturais que re-produzem cotidianamente as representações e os símbolos das identidades nacionais, integrando diferenças entre os membros (indivíduos ou grupos) de uma nação.

A globalização como um conjunto de processos ou tendências que atravessam as fronteiras e culturas nacionais, coloca em crise as identidades culturais nacionais. Convém destacar que os movimentos globalizantes ou mundializantes são anteriores inclusive à mundialização proporcionada pelo capitalismo industrial. O que chamamos de globalização, segundo Harvey, foi um fenômeno de compressão de nossos mundos espaciais e temporais, um encolhimento das distâncias provocados principalmente pela influência de novas tecnologias de comunicação, afetando obviamente as representações de mundo, pois estas existem com referências espaciais e temporais. Convém lembrar que fenômeno semelhante ocorreu no final do século XIX e início do século XX, correspondendo ao aparecimento de diversas representações modernistas e futuristas, especialmente no mundos das artes plásticas. Frente à globalização, as identidades nacionais representam aspectos singulares da cultura e, ao mesmo tempo, internamente a cada país representam forças homogeinizadoras e “universalizantes”. Porém, uma das conseqüencias do questionamento das identidades nacionais é o reaparecimento de laços e identidades antes tidas como locais, regionais ou étnicas.

Diversidade Cultural e os debates em torno da UNESCO

A necessidade do reconhecimento, valorização e apoio à diversidade cultural aparece nos debates sobre Cultura e Políticas Culturais como reação às tendências homogeinizadoras já referidas. O tema da Diversidade Cultural adquire centralidade nos debates internacionais sobre Cultura e Política Cultural, bem como importância crescente nas negociações de tratados de Comércio Internacional, já que os chamados bens e serviços culturais têm apresentado importância crescente no comércio entre as nações. Freqüentemente são relacionados os esforços no sentido de uma Convenção de Diversidade Cultural no âmbito da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO e de tratados internacionais regulamentando o comércio de bens e serviços culturais no âmbito da Organização Mundial do Comércio – OMC.

Há múltiplas definições de diversidade cultural e diferentes termos e campos intelectuais relacionados, como os debates relativos ao multiculturalismo, o pluralismo cultural, o interculturalismo, a fusão cultural, etc. Obuljen distingue duas aproximações gerais para caracterizar a diversidade cultural. Uma destaca a diversidade dentro de uma sociedade em particular, em que os indivíduos seriam denominadores potenciais de múltiplas identidades e características culturais heterogêneas, que em conjunto construiriam uma identidade nacional. Partindo de direitos humanos básicos e em ambiente democrático de construção de democracia cultural em que se explicitariam expressões específicas, ligadas a aspectos étnicos, de gênero, orientação sexual, etc. Uma outra dimensão da diversidade cultural pode ser percebida tomando as sociedades ou as nações-estado como unidades de afirmação identitária e a diversidade cultural seria entendida como um princípio representante das necessidades para intercâmbios de bens e serviços culturais entre estados e/ou culturas. As duas acepções são aqui aceitas e, posteriormente, discutidas em relação ao contexto brasileiro.

Entre 1946 e 2000 há modificações conceituais em torno do termo diversidade cultural nos documentos da UNESCO. Em um primeiro momento, a cultura ainda era vista mais centrada na produção artística, em que as nações-estados são consideradas unidades e o pluralismo se refere a diferenças entre as nações e também diferenças intra-nacionais. Posteriormente, há um alargamento do conceito de cultura associado a identidades, a defesa dos direitos culturais, a e ao debate em relação ao imperialismo ideológico no contexto da Guerra Fria. Mais recentemente o conceito de cultura é ainda mais alargado e caracterizado pela ligação entre cultura e democracia, como já referido.

Uma série de documentos constróem os atuais significados de Diversidade Cultural no âmbito da UNESCO, especialmente o relatório Nossa Diversidade Cultural (1995) e a Declaração Universal de Diversidade Cultural (2001). Provavelmente, a definição de cultura mais sintética foi adotada na Conferência MONDIACULT, na cidade do México e reiterada no documento de 2001, em que cultura deve ser considerada como o conjunto de traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Esses traços distintivos caracterizariam o que se conhece por identidade cultural. Assim, a diversidade cultural se referiria à multiplicidade de culturas ou de identidades culturais e a preservação da diversidade cultural implicaria na manutenção e desenvolvimento de culturas/identidades existentes e à abertura às demais culturas (promoção de intercâmbios culturais). A “Declaração” de 2001 associa o respeito à diversidade cultural à garantia da paz e da segurança internacionais, o que é muito significativo pelo momento histórico em que é proferida, haja vista a possibilidade de choque entre culturas e a luta contra o terrrorismo liderada pelos EUA.

O reconhecimento e valorização da diversidade cultural estão ligados à busca da solidariedade entre os povos, à consciência da unidade do gênero humano e no desenvolvimento dos intercâmbios culturais. Os processos de globalização e/ou mundialização, caracterizados por rápida evolução das tecnologias da informação e da comunicação constituem desafios para a diversidade cultural, criando condições e ameaças aos diálogos renovados entre culturas, civilizações ou grupos sociais. Os artigos da Declaração Universal da Diversidade Cultural são:

1) A diversidade cultural, patrimônio comum da humanidade;
2) Da diversidade cultural ao pluralismo cultural (pluralismo, convivência harmoniosa entre pessoas e grupos) como resposta política à diversidade;
3) A diversidade cultural, fator de desenvolvimento;
4) Os direitos humanos, garantias da diversidade cultural;
5) Os direitos culturais, marco propício da diversidade cultural;
6) Rumo a uma diversidade cultural acessível a todos;
7) O patrimônio cultural, fonte da criatividade;
8) Os bens e serviços culturais, mercadorias distintas das demais;
9) As políticas culturais, catalisadoras da criatividade;
10) Reforçar as capacidades de criação e de difusão em escala mundial;
11) Estabelecer parcerias entre o setor público, o setor privado e a sociedade civil.

Além disso, é declarado um Plano de Ação para a promoção da diversidade cultural.

Sob liderança franco-canadense, há um movimento para que os debates no âmbito da UNESCO vá além: que seja estabelecida uma CONVENÇÃO sobre a diversidade cultural. Para apoiar esta Convenção, foi articulada uma Rede Internacional de Políticas Culturais, da qual o Brasil faz parte. Entre os objetivos da Convenção estão: 1) reconhecer a importância da diversidade cultural; 2) reconhecer que os bens e serviços culturais diferem de outros produtos; 3) reconhecer que medidas e políticas que visem garantir o acesso a produtos culturais de origem nacional diferem de outras políticas; 4) definir as regras que se apliquem às medidas regulamentadoras e outras no sentido de realçar a diversidade cultural e lingüística; 5) determinar como as disciplinas comerciais se aplicariam ou não às medidas culturais que respeitam as regras conveniadas.

Assim, este movimento não busca retirar a cultura do âmbito da Organização Mundial do Comércio, mas sim garantir a manutenção da legitimidade e legalidade de políticas públicas de preservação e desenvolvimento da diversidade cultural.

A Identidade e a Diversidade Cultural no Contexto Brasileiro

Os elementos já referidos fazem parte da realidade cultural e política brasileira, não sendo necessariamente derivadas estas presenças de influências externas. Por exemplo, faz parte do contexto político brasileiro os chamados novos movimentos sociais, em especial na luta ligadas às diversas questões de gênero, meio ambiente ou etnia (em especial o movimento negro). O mesmo ocorre em relação com as lutas relativas às condições de trabalho, como os movimentos operário ou às lutas camponesas, com destaque especial aos grupos de luta pela terra, derivada da trágica situação fundiária brasileira. Utilizando a clássica imagem proposta por Roberto Scharz, não se trata aqui de discutir o quanto “as idéias estariam “no lugar”’, mas sim de reconhecer esses elementos e tranformações discursivas no contexto brasileiro e passíveis de afirmação como elementos de política cultural. A seguir são arrolados alguns elementos específicos no debate brasileiro sobre identidade e diversidade cultural.

O século XX, em especial durante a chamada Era Vargas (entre as décadas de 1930 e 1980), assiste à consolidação de novas sínteses identitárias, em especial o que poderia ser chamado de Identidade Nacional Brasileira Moderna. Em “O Mistério do Samba”, Hermano Vianna, ao mostrar como elementos da cultura popular são eleitos símbolos pátrios, revela a peculiar incorporação destes símbolos por correntes artísticas modernistas e das ciências sociais – com decisiva participação estatal – na formação de uma nova e moderna identidade cultural brasileira na qual a mestiçagem racial deixa de ser o bode expiatório do atraso para ser elemento positivo central da nacionalidade, tese expressa de maneira especial na obra de Gilberto Freyre. Desde a década de 1930 registram-se avanços institucionais no sentido do reconhecimento das manifestações brasileiras da cultura popular e do patrimônio histórico e cultural, especialmente a partir da criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

A construção de uma identidade cultural moderna no Brasil incorpora diversos elementos, alguns deles destacados aqui. Um deles é a idéia de superação do atraso herdado dos períodos anteriores, a idéia de progresso e de modernidade ligadas à cidade e à indústria. Destaque-se, também, a construção dos mitos das “três raças”, da democracia racial e do homem cordial. Superando heranças do período colonial, o Brasil moderno apresentaria uma inédita harmonia entre seus elementos formadores, especialmente, ainda, fruto de uma inédita miscigenação racial. Outro mito fundamental, do homem cordial, não se deriva diretamente da famosa proposição de Sérgio Buarque de Hollanda – que distingue o brasileiro de outras sociedades ocidentais por não construir uma base impessoal de relações sociais e, ao contrário, ser movido pelo core. O homem cordial no imaginário brasileiro estaria mais associado a idéia de passividade e de superação harmoniosa de conflitos (inclusive diferenças religiosas cederiam lugar ao sincretismo religioso) como traço distintivo de nossa identidade. A idéia do convívio harmonioso entre as diferentes culturas formadoras da nacionalidade seria elemento distintivo do Brasil no contexto das nações, em que o convívio entre culturas diferentes produziria conflitos sociais como o racismo e a intolerância religiosa.

Destaca-se aqui, também, que os significados desta identidade nacional são passíveis de questionamento e transformação. Elementos identitários já descritos relativos aos movimentos sociais são fatores de deslocamento desta identidade, tais como os questionamentos sobre desigualdades sociais relativas às condições de trabalho ou classe social, relativa às desigualdades raciais ou étnicas (especialmente a situação dos negros e dos povos indígenas – duas das três raças formadoras), desigualdades em relação à orientação sexual ou gênero. Além das críticas ao mito da democracia racial, expressas por exemplo, nas orientações estratégicas do PPA 2004-2007 acima referidas, convém destacar a relativa invisibilidade de manifestações culturais produzidas desde o século XIX por grupos imigrantes de diversas origens. Por exemplo, se os afro-descendentes são “invisíveis” na produção televisiva, também o são os descendentes de japoneses.

Outra dimensão importante relativa à identidade e diversidade cultural brasileira é a da chamada cultura regional. Diferentemente da formação histórica européia, o Brasil não é fruto da incorporação de povos ou tribos dominados por um destes povos, como , por exemplo, foram os ingleses em relação ao Reino Unido ou a hegemonia de Paris em relação às “regiões” da França. O Brasil é fruto de um processo de colonização das coroas da península ibérica sobre o território e os povos sul-americanos, com o domínio e mesmo extermínio de populações indígenas e processos migratórios compulsórios (escravos africanos) ou voluntários. A língua portuguesa e a unidade da formação das elites (como mostra José Murilo de Carvalho) foram e são elementos integradores decisivos da formação e manutenção da identidade nacional brasileira. Mesmo assim, há o reconhecimento diferenciado de certas manifestações como nacionais e uma “regionalização” ou secundarização (do ponto de vista do reconhecimento identitário brasileiro) das demais. Mesmo na “escolha” de símbolos e manifestações da cultura popular na construção da identidade brasileira moderna, houve destaque especial para as manifestações desenvolvidas na capital, no Rio de Janeiro, como o samba e o carnaval modernos. Por exemplo, o formato nacional de carnaval – o desfile de Escolas de Samba criado no Rio de Janeiro – foi nacionalizado, constituindo-se hoje em inegável patrimônio nacional da cultura popular.

A tensão entre os poderes e manifestação “locais” e os governos centrais (do Império ou da República) é tema de análise para os vários intérpretes do Brasil, desde os que destacam uma predominânica as forças centrífugas ou locais da experiência brasileira àqueles, como Raymundo Faoro, que destacam a predominância das forças homogeinizadoras do Estado e das elites portuguesas (e, depois, brasileiras) na vida nacional. De qualquer forma, as diversas formas de se reconhecer brasileiros, ou as diversas manifestações culturais “regionais” brasileiras fazem parte da riqueza de nossa diversidade cultural, ainda que pouco conhecidas e aproveitadas pelo conjunto dos brasileiros.

Convém destacar que os momentos em que, na chamada Era Vargas, os momentos em que o Estado mais se envolveu na re-construção da identidade nacional brasileira, são momentos de centralização política autoritária, em especial nos períodos do Estado Novo e do regime militar (1964-85). Vivemos um momento histórico em que está colocada uma oportunidade rara: a construção cotidiana da identidade nacional brasileira que busque valorizar sua diversidade e pluralidade e também, as positividades geradas por processos homogeinizadores e integradores, em um momento de consolidação democrática.

São vários as interpretações da cultura brasileira que destacam a importância do reconhecimento de seu caráter plural. No ensaio “Cultura Brasileira e Culturas Brasileira – do Singular ao Plural”, Alfredo Bosi propõe uma interpretação da cultura brasileira não como uma unidade uniforme, mas sim o entendimento necessariamente plural. Como uma primeira tentativa, o ensaio aponta elementos da cultura erudita brasileira (com forte referência nas universidades e outras instituições produtoras desta cultura erudita); da cultura popular brasileira, basicamente iletrada, característica do homem rústico ou interiorano; da cultura criadora individualizada dos artistas profissionais e da cultura de massas ou das chamadas indústrias culturais brasileiras.

São diversos os projetos culturais, especialmente no registro audiovisual de manifestações da cultura popular, que trabalham com a idéia da promoção da idéia de um Brasil Plural ou da Diversidade Brasileira. Como exemplos, temos a expressiva produção televisiva “regional” ou local, valorizando elementos das culturas “locais”, especialmente da cultura popular. Pode-se destacar, também, programas difundidos nacionalmente como o “Balaio Brasil” (Rede Sesc/Senac), “Me Leva Brasil e Brasil Total (Rede Globo) ou reportagens do Globo Repórter e Globo Rural. Esses e os demais projetos sobre o tema (como as cartografias culturais), reforçam também a idéia de que há uma base social para que o tema da diversidade cultural seja tema privilegiado de política pública cultural.

A sub-representação da Diversidade Cultural Brasileira, as Indústrias Culturais no Brasil e o Modelo de Financiamento à Cultura no Brasil.

Como formulado no âmbito do Programa Brasil Plural – Identidade e Diversidade Cultural, a sub-representação de diversas manifestações e de seus grupos sociais produtores ajuda a descrever o problema dos riscos de empobrecimento da diversidade cultural brasileira. As indústrias culturais e seus conteúdos assumem caráter estratégico no reconhecimento e valorização da diversidade cultural. Se no nível internacional seria importante proteger o controle dos meios de produção e distribuição de bens e serviços audiovisuais como forma de garantir a difusão de conteúdos nacionais, a questão da garantia da produção “regional” e de produtores independentes ganha relevância

Tramita no Congresso Nacional tramita um importante projeto no sentido da promoção da diversidade cultural brasileira é o Projeto de Lei nº 256/91 de autoria da Deputada Jandira Feghalli, que estipula a obrigatoriedade das emissoras de televisão veicularem, no horário de cinco às vinte e quatro horas, programas culturais, artísticos e jornalísticos produzidos e emitidos nos estados onde estão localizadas as sedes das emissoras e/ou suas afiliadas.

As questões da Identidade e da Diversidade como aqui descritas são transversais e complementares à necessidade de buscar um padrão de sustentabilidade para a produção artística e cultural brasileira, que conte com os necessários recursos públicos, via renúncia fiscal e via orçamentária, mas que, além da garantia do interesse público no uso destes recursos, do amplo acesso dos artistas, grupos e redes de apoio às manifestações culturias e um modelo de financiamento às artes no Brasil caminhe no sentido de romper o paternalismo estatal, situação vivida por produtores e artistas de diversos países europeus.

A Criação de uma Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural no MinC

A criação, no âmbito do Ministério da Cultura, de uma Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural tem um caráter estratégico na nova postura do MinC, de formular e implementar políticas públicas ativas na Cultura. Ativas no sentido da promoção da cultura tanto do ponto de vista de seus aspectos econômicos, de inclusão social e cidadania, bem como da importância da cultura como produção simbólica. A afirmação positiva da diversidade e pluralidade cultural brasileira, nos termos aqui expostos busca estimular e promover ações transversais de promoção da diversidade cultural brasileira e do intercâmbio cultural no território nacional.

Além de apoiar os processos de formulação de políticas culturais e articulação institucional, cabe à nova secretaria promover a diversidade e o intercâmbio cultural. A transversalidade de atuação da SID dá-se em relação aos segmentos culturais destacados na legislação cultural em vigor, que se refere às linguagens artísticas – música, artes cênicas, produção audiovisual, literatura, artes plásticas – ao artesanato, à preservação do patrimônio cultural, das manifestações dos povos “formadores da nacionalidade” e ao “folclore”. A promoção da diversidade cultural brasileira tem o sentido de incorporar as manifestações das identidades ligadas aos movimentos sociais (às novas identidades), como as referentes às situações de classe (como dos trabalhadores do campo e da cidade), de gênero e orientação sexual, étnicas e grupos etários, com ênfase no apoio às manifestações da cultura popular e das culturas “locais” ou “regionais” brasileiras.

No processo de revisão do PPA 2004-2007, foi aprovado o Programa para aprovação do Congresso Nacional. Veja o anexo.

Referência Bibliográfica

BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização.
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna.
OBULJEN, Nina. Um Resumo da História do Instituto para a Discussão de Diversidade Cultural para as Relações Internacionais. Zagreb, Culturelink Network, mimeo.
VIANNA, Hermano. O Mistério do Samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed; Ed. UFRJ, 1995.

(*) Redação: Álvaro Pontes de Magalhães Jr., a partir de debates com a equipe técnica da SID/MinC:
Sérgio Duarte Mamberti – Secretário
Ricardo Anair Barbosa de Lima – Secretário- Substituto

Equipe Técnica: Ana Maria Bravo Villalba, Flávia Galiza, Geraldo Vitor da Silva Filho e Napoleão Alvarenga.

Mulher encontra anfíbio (SAPO, RÃ, PERERECA…) dentro de lata de pêssego

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 30 de Outubro de 2008 by os.maias

Uma mulher encontrou um anfíbio dentro de uma lata de pêssego em calda, em Florianópolis, Santa Catarina, no domingo, por volta das 14h30. Segundo o jornal “Diário Catarinense”, tratava-se de um pequeno sapo ou outro animal de características similares.

Eliziane Ribeiro, de 28 anos, já havia comido um pêssego da lata quando viu, no meio da sobremesa, uma pata e depois o corpo inteiro do bichinho. “Comecei a vomitar na hora. Até agora não consegui comer mais nada. Acho que nunca mais como enlatados na minha vida”, disse ao jornal. Seu marido, Davi Lopes de Souza, já havia comido parte do conteúdo da lata uma hora antes.

Eliziane relatou ao jornal que, após comer o pêssego, sente constantemente uma queimação na garganta e teme que seja alguma intoxicação. No entanto, ela não procurou um médico. A lata de pêssego, da marca Bella Colina, foi comprada no dia 27 de setembro, mas só foi aberta na segunda-feira.

Eliziane escreveu um e-mail para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Conservas Neumann, empresa produtora do pêssego, que fica em Morro Redondo, no Rio Grande do Sul. Por enquanto, guarda a lata de pêssego, com o sapo, na geladeira.

Em resposta ao e-mail, a empresa afirmou que “lamenta o ocorrido, mas que é praticamente impossível ter acontecido este fato na Indústria Neumann”. Quirian Bender, auxiliar-administrativa da fabricante, afirmou que o lote já foi encaminhado para análise, que deve ficar pronta em 24 horas.

“Isto nunca aconteceu. Não sei se foi má-fé de algum funcionário. Só posso garantir que trabalhamos em condições de total segurança, o que é avaliado pela Vigilância Sanitária local”, afirmou Quirian ao Diário de Santa Catarina.

O assessor-chefe da Vigilância em Saúde da Capital, Carlos Renato da Silva Fonseca, explica que Eliziane pode se desfazer da lata, pois a vigilância não analisa embalagens abertas. A Vigilância em Saúde aceita denúncia com a informação do lote, data de fabricação e estabelecimento onde o produto foi comprado.

*Com informações do jornal “Diário Catarinense”

Família diz que hotel serviu sorvete com fezes

Posted in TÔ SEM PALAVRAS... on 30 de Outubro de 2008 by os.maias

Uma família australiana acusa um dos maiores bares de Sydney de lhes servir sorvetes com excrementos humanos após eles terem reclamado do barulho no local que os impedia de escutar uma partida de rúgbi, informa a agência Reuters nesta quarta-feira.

O ministro das Indústrias Primárias, Ian Macdonald, confirmou nesta quarta-feira que foram encontradas amostras fezes congeladas no sorvete de chocolate oferecido a Steve Whyte, a sua mulher Jessica, que teria ficado “violentamente doente”, e a seus três filhos.

“O fedor entrou nas minhas narinas, eu quase vomitei e cuspi em cima do guardanapo”, disse Jessica ao jornal Daily Telegraph.

A sobremesa contaminada foi supostamente servida no Coogee Bay Hotel, um dos maiores e mais populares hotéis da cidade, que nega as acusações. O gerente e o cozinheiro do estabelecimento se voluntariaram para realizar testes de DNA para provar suas inocências.

Os Whyte acusam o gerente do bar, Tony Williams, de oferecer a eles R$ 7 mil para ficarem calados, enquanto os donos do estabelecimento dizem que a família quer R$ 1,4 milhão de indenização.

O ministro Macdonald disse que os testes de DNA serão feitos para determinar se a amostrar era de origem animal ou humana e que a polícia e as autoridades alimentares seguem investigando o caso.

“Obviamente, nós estamos mantendo a mente aberta e não queremos fazer um julgamento apressado de nenhuma maneira”, disse o ministro.

Na terça-feira, representantes do hotel informaram que testes feitos em um laboratório próprio não indicaram nenhuma evidência de contaminação do tubo do sorvete.